Foto: Israel Campos

A Mukameẽsawa Tapajowara Kitiwara (MUTAK) é o nome em Nheegatu dado a Mostra de Arte Indígena do Tapajós. O evento acontece de 27 a 28 de junho, no Oeste do Pará, região do Baixo Tapajós que abrange os municípios de Aveiro, Belterra e Santarém. Na programação constam mostras de audiovisual, fotografia e artes visuais, além da feira de troca etnobotânica remontando à tradição de povos pré-colombianos que moldaram a floresta amazônica ao longo de milhares de anos no processo de domesticação da flora.

Os shows musicais vão atrair público para prestigiar a mostra, enquanto que o encontro de pajés, curandeiros e rezadeiras promovem a troca de conhecimento entre os presentes. Está previsto também, oficinas com o intuito de aproximar os não indígenas da cultura ancestral brasileira, apresentando as diversas cosmovisões que há nesta terra antes do encontro com os povos ocidentais da Europa.

Em um cenário de desapropriação territorial, tentativa de aculturação, massacre social e degradação ambiental, a MUTAK realiza ações que fortificam a nação indígena, contribuindo para o resgate da cultura, para a proteção da sua memória e valorização de suas artes e ofícios. Dentre os povos participantes estão os Apiaka, Arapiun, Arara Vermelha, Borari, Kara-Preta, Jaraki, Kumaruara, Munduruku, Maytapú, Sateré-Mawé, Tapajó, Tapuia, Tupinambá e Tupaiú.

O evento é de livre iniciativa dos povos indígenas do Baixo Tapajós, sem aporte de recurso e apresenta suas singularidades étnicas e mostrar que estão abertos em conviver e celebrar a existência com as demais culturas não indígenas.

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