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Por Clara Luiza Domingos / Casa NINJA Lisboa – Fotos: Mídia NINJA

O Tsunami da Educação se mobilizou pela terceira vez contra o desmonte da educação pública brasileira e da aposentadoria da população. Nesta terça-feira (13), movimentos populares, entidades estudantis e centrais sindicais foram às ruas em mais de 150 cidades brasileiras para fazer resistência às medidas que são apresentadas pelo Governo Federal.

Em Lisboa não foi diferente. Manifestantes também se reuniram na capital portuguesa para dar força e visibilidade para a mobilização no Brasil.

O protesto tem como objetivo barrar o processo de sucateamento e privatização das universidades e contra o programa Future-se, conduzido pelo ministro da educação Abraham Weintraub, que prevê a atuação de Organizações Sociais (OSs) em administração das universidades, abrindo brecha para influência direta em gestão de recursos e de pessoas dentro das instituições públicas de ensino. Ainda, os participantes do ato exigem a reversão dos cortes da educação que está sucateando e interrompendo o pleno funcionamento desses centros de ensino, além da tentativa de impedir o avanço da Reforma da Previdência, que está para ser votada no Senado Federal.

De acordo com a professora da Universidade Federal do Pará que esteve presente no ato, Jenifer, o Future-se nada mais é do que, em um jogo de palavras, o fature-se. “É privatização e a mercantilização da educação de uma forma mais definitiva e legitimada por uma lei. Se isso acontecer, vai intensificar todos os ataques que as universidades e escolas públicas vêm sofrendo com o governo; destruir a carreira docente, porque permite a contratação de professores sem concurso público, facilitando também a demissão; permite também que as empresas com interesses privados ajam de uma forma mais efetiva, com o interesse de mercado de forma legitimada. E realmente não vamos permitir, vamos continuar lutando e resistindo”, afirma.

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