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Julian Assange, cofundador do Wikileaks foi preso na embaixada do Equador em Londres nesta manhã. Ele é responsável pelo vazamento de diversos documento sigilosos do governo dos EUA e de outros países, que revelam a política de espionagem, boicote e sabotagem contra as economias dos países em desenvolvimento.

Confira o vídeo do momento em que Assange foi preso:

No fim de março o Wikileaks já havia noticiado que existem investigações em andamento contra o próprio Lenín Moreno, atual presidente do Equador, país que lhe concedia asilo há 7 anos. As investigações envolvem denúncias de corrupção, baseadas em mensagens de seu telefone celular. Este é indicado como principal motivo pela decisão de Lenin expulsar o fundador do Wikileaks.

O ex-presidente do Equador que concedeu o asilo ao Assange se pronunciou em seu perfil do twitter contra a atitude de Moreno.

“O maior traidor da história equatoriana e latino-americana, Lenin Moreno, permitiu que a polícia britânica entrasse em nossa embaixada em Londres para prender Assange. Moreno é um homem corrupto, mas o que ele fez é um crime que a humanidade nunca esquecerá”, disse Correa.

Julian Assange foi acusado de estupro na Suécia, o que levou ao seu asilo político na embaixada equatoriana. O processo foi arquivado, mas a polícia britânica segue buscando sua detenção. Assange nega as acusações e afirma que foram criadas após o Wikileaks fazer esses vazamentos.

Para Renata Avila, membro da equipe jurídica de Julian Assange “[a prisão] É completamente ilegal – e, acrescentando insulto à injúria, Julian recebeu a nacionalidade equatoriana, portanto não é apenas ilegal perante a lei internacional, não é constitucional”.

Em seu Twitter, a Wikileaks está publicando informações sobre Assange e a prisão considerada inconstitucional.

Este homem é um filho, um pai, um irmão. Ganhou dezenas de prêmios de jornalismo, é nomeado para o Prêmio Nobel da Paz todos os anos desde 2010. Poderosos atores, incluindo a CIA, estão envolvidos em um sofisticado esforço para desumanizar, deslegitimar e prendê-lo #ProtectJulian

No Twitter, jornalistas, parlamentares e ativistas posicionaram contra a prisão, confira alguns: