Foto: Arquivo Pessoal

“Se um homem que se acha mulher entrar no banheiro em que estiver minha mãe ou minha irmã, tiro o homem de lá a tapa e depois chamo a polícia”, esse foi o discurso do deputado estadual Douglas Garcia (PSL/SP) se referindo à Erica Malunguinho (PSOL), primeira deputada estadual trans eleita da Casa, após Erica apresentar defesa da identidade de gênero em práticas esportivas.

A sessão discutia o PL 346/19 do deputado Altair Morais (PRB-SP), que “estabelece o sexo biológico como o único critério para definição do gênero de competidores em partidas esportivas oficiais no Estado”. A discussão sobre o tema é antiga e esteve por muito tempo centrada em Tiffany, primeira atleta transexual do vôlei. Desde 2017, Tiffany foi personagem de inúmeras reportagens e o tema ainda não é um consenso.

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São discursos com este do deputado Douglas que fazem com que o Brasil seja líder no ranking dos países que mais matam pessoas trans e travestis no mundo. Como disse a deputada em suas redes sociais, além de ser um desrespeito à Erica Malunguinho, como parlamentar, é um desrespeito maior à coletividade — não só da comunidade LGBT, mas também de pessoas que lutam por garantia de acesso e de respeito a todes.

Um processo interno na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo), será aberto pela Mandata Quilombo, apoiado por parlamentares de diferentes partidos, como repúdio à incitação ao ódio – presente na fala do deputado Douglas Garcia (PSL) durante a sessão plenária desta quarta-feira (3).