foto: Kate Warburton
Jair Bolsonaro assinou hoje o decreto que flexibiliza a posse de armas, e que traz alterações como o tempo de validade de registro, também possibilita que praticamente todas as pessoas com mais de 25 anos e sem antecedentes criminais tenham até 4 armas em casa, sem precisar provar a necessidade de ter uma. Um critério também é morar em regiões onde a taxa de homicídios seja igual ou maior que 10 mortes a cada 100 mil habitantes. Todos os estados se encaixam nessa estatística, deixando menos de 2 mil municípios de fora.
Ao invés de pensar numa política de segurança que diminua a violência, governo estimula que mais pessoas tenham armas em casa, podendo gerar ainda mais insegurança e mortes.
Precisamos lembrar: somos o país que mais mata pessoas LGBTs e o quinto maior em taxa de feminicídio por crimes cometidos, na maioria dos casos, dentro de casa. No campo, os indíces de violência cresceram muito, tendo em 2017 a maior quantidade de assassinatos dos últimos 15 anos, sendo 5 desses por massacres.
Confira o que mais pessoas estão falando sobre isso:
Facilitar o acesso a armas é erro grave por varias razões. Primeiro, porque, como estudos científicos provam, mais armas significam mais mortes, e não o contrário (vide, por exemplo, estudos do IPEA, de Daniel Cerqueira).
— Alessandro Molon (@alessandromolon) January 15, 2019
A partir de amanhã pelo menos 169 milhões de brasileiros poderão ter uma arma, graças ao decreto de Bolsonaro que facilita a posse de armas no Brasil. Sabe quem tá aplaudindo de pé? A indústria de armas!
— Erika Kokay (@erikakokay) January 14, 2019
O Estatuto do Desarmamento evitou 133 mil mortes entre 2004 e 2014. Por isso é lamentável que o governo comece a desmantelá-lo. Queremos uma política de segurança baseada no investimento em tecnologia e produção de informações, que dê dignidade aos policiais e a todos os cidadãos pic.twitter.com/v1xf3t8bGS
— Marcelo Freixo (@MarceloFreixo) January 15, 2019