Foto: Mídia NINJA

BRASÍLIA — O Senado Federal acaba de aprovar, por 47 votos a 28, um projeto que anula o decreto das armas de Jair Bolsonaro, editado em janeiro para flexibilizar as normas de posse e porte de armas de fogo no Brasil.

Nem os policiais da base aliada concordam com a decisão arbitrária. Durante a votação, o senador Alessandro Vieira, delegado do CIDADANIA, discordou em plenário “Eu acho que o cidadão brasileiro deve ter sim o  direito a portar uma arma se ele quer e tem capacidade para tanto, mas da forma como o presidente quer e não para municiar milícias.”

Agora, o texto irá à Câmara dos Deputados, onde deverá ser distribuído às comissões e apreciado em plenário. Se aprovado também pelos deputados o decreto de Bolsonaro será interrompido.

Nesse caso, deixarão de valer itens como permissão de uso de arma de fogo por proprietários rurais em seus terrenos e o aumento de 50 para 1.000 no número de cartuchos por ano autorizados para compra, por pessoa.

Assista:

AMEAÇAS

Parlamentares contrários a decisão do presidente receberam ameaças em função de seu posicionamento antes do início da votação dessa noite. Randolfe Rodrigues, senador da Rede Sustentabilidade e autor do projeto aprovado na casa, foi uma das vítimas dos ataques. Para ele, “as pessoas que hoje me ameaçam seriam as mesmas que fariam uso do seu armamento para atacar os que compartilham de opiniões diferentes”.

Os também senadores Fabiano Contarato (REDE), eleito pelo Espírito Santo e Eduardo Girão (Podemos-CE) também foram vítimas das milícias digitais.