Foto: Acervo Confraria da Rua

No transporte público ou nas ruas, ao voltar para casa, ir ao trabalho ou somente um passeio, é possível apreciar um pouco de arte de rua, mas não é uma simples arte, é a arte que tem o objetivo de fazer quem assiste refletir sobre questões sociais. É o que faz o coletivo de artistas Confraria do Impossível, que após terminar duas temporadas do Espetáculo Esperança na Revolta, na semana passada, agora volta a fazer o que lhe deu base para a montagem, a arte de rua.

Foto: Acervo Confraria da Rua

Foto: Acervo Confraria da Rua

O grupo faz da arte um meio de contrariar as estatísticas, se tratando de um coletivo de atores jovens e negros. Dados como a cada 23 minutos, um jovem negro é morto no Brasil, retrata a realidade da juventude preta no país. Essa é uma das pautas das apresentações, além da luta de classes, a subversão e o direito de revolta do povo junto ao Estado e seus emparelhamentos, questões de gênero e ancestralidade.

Foto: Acervo Confraria da Rua

A apresentação artística em transportes públicos é prevista na Lei Estadual 8120, sancionada há cerca de três meses.  Passando o chapéu que essa galera sustenta sua arte, forma também que arrecadaram a verba para conseguir manter o espetáculo, que não contava com patrocínio. Uma montagem feita na raça e que foi sucesso de público com bilheteria esgotada em muitas apresentações.

Foto: Acervo Confraria da Rua

Foto: Acervo Confraria da Rua

Para eles as ruas são o campo de batalha e o meio de sobrevivência, como relata o diretor, André Lemos. “A Confraria do Impossível vai continuar na frente do front, onde sempre esteve, seja na rua, no transporte público, nos palcos, nas galerias, no teatro, no cinema, na internet ou na tv. Nenhum passo atrás”, afirma.