O “Diálogos Brasilienses” reuniu pré-candidatos à Câmara Legislativa do Distrito Federal em um debate no Teatro Casa dos 4, na Asa Norte do Plano Piloto de Brasília. Promovido por Rômulo Neves, os participantes de diferentes perfis debateram temas de interesse local, como a crise hídrica do DF, ocupação irregular de terrenos, representatividade, violência contra a mulher, diversidade, saúde, educação, entre outros assuntos.

Anjuli Tostes (PSOL) destacou o loteamento das administrações das Regiões Administrativas. “Já passou da hora das eleições diretas para os administradores regionais”. Uma das promessas do governo de Rodrigo Rollemberg não cumpridas. A pré-candidata também defendeu o orçamento participativo. “Enquanto as decisões orçamentárias estiverem apenas na mão do Executivo, estaremos repetindo os erros do passado, da troca de favores na escolha de cargos”.

 

 

A gestão do Distrito Federal, não só da região do Plano Piloto, também foi debatida pelos participantes. “Quem for eleito tem que pensar na gestão do todo, não só da RA de onde vem. No entanto, é preciso ter claro que as demandas nas RAs são diferentes”, ressaltou Max Maciel (PSOL). Max também destacou a importância da passagem gratuita no transporte público como solução para o trânsito do DF. “ A mobilidade só será eficiente quando a gente desestimular o uso do carro”.

 

Pontos altos

Questionado pelo blogueiro Odir Ribeiro sobre ter outra agenda além da LGBT, o pré-candidato Fábio Félix (PSOL) mostrou como o comentário não condiz com a realidade. “Esse tipo de pergunta (sobre a militância LGBT) faz parte do preconceito enraizado em nossa sociedade. Esse achismo se dá pela luta por representatividade”.

Outro momento do debate foi a campanha “Câmara Mais Barata”. Max Maciel defendeu que além de reduzir os custos e saber para onde esse valor vai, é preciso também uma Casa Legislativa mais eficiente, com participação popular. “Como que os trabalhadores de Brasília foram jogados a 30 km dela (Campanha de Erradicação de Invasões – Ceilândia) longe do centro, longe de tudo? Cada centavo que eu puder investir no povo, eu vou investir, mas com ele junto”, afirmou o pedagogo Max Maciel.