Polícia segue investigando quem são os autores do atentada contra o acampamento Marisa Letícia | Foto: Gibran Mendes

Publicado originalmente em Brasil de Fato Paraná

De acordo com a SSP-PR (Secretaria de Segurança Pública do Paraná, os disparos de arma de fogo contra o acampamento Marisa Letícia, na vigília Lula Livre, em Curitiba, na madrugada deste sábado (28), foram feitos com uma pistola 9mm. Arma de alto poder letal.

A situação se apresenta gravíssima, as pistolas de 9 mm são armas de uso restrito no Brasil. Apenas o Exército e a Polícia Federal tem autorização para uso destas capsulas em serviço. E como agravante, conforme a Portaria nº 967 publicada pelo Exército em 8 de agosto de 2017, alguns agentes de segurança das polícias militar, federal e civil passaram a ter o direito de adquiri-las também para uso pessoal.

Os peritos encontraram cápsulas de pistola 9mm no local. Um manifestante foi atingido no pescoço e está em estado grave na UTI. Outros disparos atingiram um banheiro químico dentro do acampamento.

“Essa violência é mais uma iniciativa da elite golpista, conservadora e branca, curitibana e brasileira, que é responsável pelo período de violência e de crise social e política, que eles produziram com o golpe. Isso é parte do caos que eles produziram na política e na economia. Mantemos nossa capacidade enquanto luta popular, de manter resistência, de fazer vigília e ser solidário ao Lula até sua liberdade”, disse Roberto Baggio, coordenação nacional do MST e do MST PR.

Os trabalhadores que estavam no acampamento foram para o local da vigília, em frente à sede da Polícia Federal, onde acontece um ato de repúdio contra o atentado.

Leia a nota da Secretaria de Segurança Pública do Paraná

A Secretaria da Segurança Pública do Paraná informa que na madrugada deste sábado (28), segundo as primeiras informações, um indivíduo a pé efetuou disparos de arma de fogo contra o acampamento de manifestantes simpatizantes ao ex-presidente Lula.

Uma pessoa foi ferida e levada para o hospital. Um tiro acertou um banheiro químico e os estilhaços feriram, sem gravidade, uma mulher no ombro.

Peritos da Polícia Cientifica do Paraná, policiais militares e da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil, estiveram no local. Foram recolhidas cápsulas de pistola 9 mm. Foi aberto um inquérito para apurar o caso. A av. Mascarenha de Morais, no bairro Santa Candida, foi fechada por manifestantes, mas já foi liberada.

Edição: Juca Guimarães