Foto: Leandrinha Du Art

 

Conversando com uma amiga disse a ela que devido a tanto trabalho e afazeres de projetos que demandam de mim uma atenção exclusiva, achava que tinha perdido o tesão em sentir tesão por mim mesma. O fato é que em cima dos corpos femininos há uma pressão natural que a gente mesma coloca em cima da gente devido a naturalização de que somos máquinas operárias, para que tambem consigamos atingir no trabalho a perfeição absoluta e um certo “rendimento” , afinal nós temos que provar pra macho que somos mais e tão competente quanto eles e essa afirmação é constante e involuntária.

Quando vê estamos ali buscando ser o supra sumo da eficiência trabalhando igual uma doida.

Parece doido neh? O que fazemos com nós mesma resultado da maldita falta de equidade, não que esse seja o único motivo, mais se não é o maior é principal.

Se ocupar tanto a ponto de não se olhar como devemos e não é não se olhar por não gostar do próprio reflexo, é não se olhar por falta de tempo de se admirar, apreciar o que está vendo, acabamos deixando com que qualquer outra coisa consuma nosso tempo de se desejar.

Nos vemos apenas enquanto operárias e esquecemos que somos “mulheres operárias”, que somos produtivas, eficientes e suficiente pra nós mesmas. Que tenho habilidade em me fazer sexy quando quero não é segredo pra ninguém, é como acionar um botão.

Ser sexy não é fazer uma foto com cara de estou gozando e sim é você também se sentir bem e plena sendo a mulher workarolic mais incrível do seu mundo e não do mundo dos outros.

Eram 03:30 da madrugada, eu trabalhei tanto, coordenei e sistematizei tanta coisa, criei, demandei uma porção delas e decidi mesmo cansada por a câmera do celular pra disparar automaticamente duas vezes, e sem esforço, bingo, aquele botão estava ligado.

Só precisava lembrar que ele existia.

Deixe o seu ligado, faz bem.

Conheça outros colunistas e suas opiniões!

FODA

Qual a relação entre a expressão de gênero e a violência no Carnaval?

Márcio Santilli

Guerras e polarização política bloqueiam avanços na conferência do clima

Colunista NINJA

Vitória de Milei: é preciso compor uma nova canção

Márcio Santilli

Ponto de não retorno

Márcio Santilli

‘Caminho do meio’ para a demarcação de Terras Indígenas

NINJA

24 de Março na Argentina: Tristeza não tem fim

Renata Souza

Um março de lutas pelo clima e pela vida do povo negro

Marielle Ramires

Ecoturismo de Novo Airão ensina soluções possíveis para a economia da floresta em pé

Articulação Nacional de Agroecologia

Organizações de mulheres estimulam diversificação de cultivos

Dríade Aguiar

Não existe 'Duna B'

Movimento Sem Terra

O Caso Marielle e a contaminação das instituições do RJ

Andréia de Jesus

Feministas e Antirracistas: a voz da mulher negra periférica

André Menezes

Pega a visão: Um papo com Edi Rock, dos Racionais MC’s

FODA

A potência da Cannabis Medicinal no Sertão do Vale do São Francisco

Movimento Sem Terra

É problema de governo, camarada